segunda-feira, março 24, 2008

Javanetes, a oculta sonoridade paranaense


Javanetes nunca foi um empreendimento musical comercial, e talvez por isso continua até hoje desconhecido aos ouvidos de muitos apreciadores da música que cresceram durante os anos 60, quando o grupo vivia seu auge. O som refletia uma íntima relação entre músicos de talento extraordinário, nativos do Pontal do Paranapanema, que compartilhavam uma paixão por jazz improvisado. Em uma época de fortes barreiras entre os estilos, o grupo já fundia hard bop, avant-garde jazz e rock progressivo.

Formado em Londrina no Paraná, o Javanetes tinha seus ideais traçados pelo controverso tecladista Carlos Moura (na foto ao centro). Uma figura excêntrica, recatada e extremamente rigorosa que não queria publicidade. As gravações nunca foram para as lojas, eram distribuídas em fitas k7 de mão em mão durante as restritas apresentações ao vivo. Moura era convicto, não queria barulho. Acreditava que sua música seria responsável por estabelecer uma conexão da natureza e do cosmos com a tecnologia desse planeta e fora dele, para atrair naves espaciais. Tratava-se de uma preparação para a visita de seres intergalácticos – o que seria “a salvação dos terráqueos”, segundo ele. Não se sabe até que ponto tal visão era uma atuação artística, ou crença real.

Um fan declarado dos paranaenses era o americano Frank Zappa, que além do contato telefônico que mantinha com Carlos Moura, é sabido que veio a londrina e contribuiu com a banda por 2 semanas. Frequentadores da cena na época contam que em uma das apresentações mais experimentais do Javanetes em Pomerodes/Santa Catarina, Moura tocava seu primitivo teclado elétrico, e após o show foi abordado pelo inglês David Bowie, que convidou o artista para acompanhá-lo. Ele não aceitou.

Confira a única gravação que pôde ser encontrada do Javanetes:

















1 - Galho de arruda
2 - Zerão
3 - Quantum
4 - O Terço
5 - Cancheiro dimensional sorriu pra mim
6 - Piá misterioso
7 - Deus é uma cuia de chimas
8 - Lua, minha china
9 - A era de peixes não vale mais
10 - Gaudério extra-terra
11 - Figuras do delírio
12 - Estrela cadente na patente
13 - Matemática fractal do cosmos negro

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Escute algumas faixas:





















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Desilusão na terceira idade

Três velhinhos do asilo de Auburn em Washington foram encontrados com diversas lesões corporais, depois de praticarem atividades não recomendadas para a sua idade. A suspeita de que estariam com medo de denunciar maus tratos dos enfermeiros foi deixada de lado, porque todos confirmaram terem se machucado após praticar esportes de alto impacto.

Segundo eles, a piscina do asilo que utilizavam fazia com que se sentissem rejuvenescidos e com grande disposição, mas provavelmente ET’s tenham desligado a energia da água sem avisar, depois de saberem que terráqueos estariam brincando com seus casulos. Essa mudança repentina fez com que atividades como musculação, boxe e skate se tornassem novamente muito difíceis de serem praticadas. Os velhinhos não querem receber tratamento, entraram com pedido de eutanásia e serão jogados ao mar a 2000 mil metros de altura.

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terça-feira, março 18, 2008

O que as batatas falam através de você?

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sábado, março 15, 2008

Em busca de um milagre

Com milhares de membros espalhados pelo mundo, a Miracle Watchers oferece um monitoramento global de atividade miraculosa desde 1992. César Trali, porta-voz da organização, conta que entre muitos alarmes falsos, registrar eventos banais como santas chorando foi a conquista máxima que tiveram: "foi legal presenciar casos em que elas derramavam pelos olhos os mais diversos tipos de líquidos: sangue, vinho, lágrimas e até cachaça; mas gostariamos de registrar algo mais impactante" conta César.

Há mais de 2000 anos, nada como os grandes milagres dos tempos de Moisés surge para levantar o astral dos fãs da Biblia. Josías Anrik, por exemplo, cliente mais entusiasmado da MW, já investiu 3 férias em peregrinações à Israel esperando interceptar algum momento histórico que pudesse ir para a nova edição do Testamento (que está para sair em 6 anos, segundo ele). Mas até agora, nada. Trali compartilha da mesma ansiedade: "ver um profeta abrir o mar ao meio é um sonho que carrego comigo desde a infância, mas confesso que ver um homem andar sobre a àgua já faria da minha vida uma vida feliz."

A Miracle Watchers pediu para não divulgar seu endereço na internet, e só dá acesso a pessoas indicadas por seus próprios membros.

UPDATE! Conseguimos permissão para divulgar o endereço na internet do MW: http://thechristiandirectory.net/

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quarta-feira, março 12, 2008

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Estomago: De Mulher pra Mulher

Você sabe que seu cabelo está horrível. Tome vergonha na cara e aproveite já as 3 dicas que preparamos para você dar aquele tapa na peruca!




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segunda-feira, março 10, 2008

Passo Alegre, um exemplo de autonomia infantil

Em 1943, rodeada pela cidade de Bento Gonçalves no Rio Grande do Sul, surgia a comuna infantil “Passo Alegre”, uma espécie de enclave dissociada do território brasileiro formada por crianças fugidas de seus ambientes familiares. (clique para ampliar foto)

Naquele ano, o prefeito da cidade sulista tinha implementado um método de educação agrícola que obrigava as crianças a largarem a escola convencional para frequentarem centros rurais onde aprenderiam técnicas de plantio desde os primeiros passos. Com cinco anos de idade, Roberto Furazzi, o “Furinha” (menino de franjinha sentado na foto acima), se revoltou com a extinção da vida escolar e liderou o seu grupo de coleguinhas para ocupar a sede de um sítio abandonado. Muito inteligente e hábil com os animais, Furinha treinou gansos para protegerem o local, o que evitou que os adultos intervissem quando descobriram onde seus filhos estavam.

Passo Alegre subsistia pela agricultura e criação de porcos. Com os livros que roubavam da escola desinstalada de Bento Gonçalves, se fazia a vida escolar. Todas as crianças eram autodidatas, ao mesmo tempo professoras e alunas; as aulas eram descentralizadas e extremamente dinâmicas – o que até hoje intriga pedagogos que estudam o caso. Havia uma curiosa procura por livros de estóicos gregos, o que se percebe pelas citações nos cadernos de caligrafia encontrados no local. Já a alimentação diária era extremamente rigorosa,“não precisamos de adultos para comer brócolis” dizia Furinha em um dos seus escritos, “Maurizio me obrigava, mas nunca comia” - comentava logo depois. Maurizio era pai de Furinha, o líder-guri instruiu os outros integrantes do quilombo juvenil a nunca mais se referirem aos pais por “papai” ou “mamãe”.

Ao completarem 10 anos de idade os pequenos se desligavam da comuna, e outros mais novos tomavam seus lugares. Assim a primeira geração deu lugar à segunda e última geração que se desintegrou com o “Dilúvio Adolescente” - como tinha sido previsto por Andrei Matieri (braço direito e consultor espiritual de Furinha, que aparece ao lado dele na mesma foto). Rompendo com o ideal de desligamento de Passo Alegre, que seria debandar ao completar 10 anos, a segunda geração tentou perdurar até os 13 e acabou em guerra.

Em sentido horário: Close do líder Furinha; Andrei Matieri aos 9 anos trabalhando em seus escritos; E a segunda geração de Passo Alegre, que viveu o "Dilúvio Adolescente".

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